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Ouro hoje tem leve queda de 0,03%; na semana cai 0,59%

A onça-troy do ouro hoje (26) fechou em leve queda de 0,03% no contrato para fevereiro sendo negociado no mercado internacional a US$ 2.017,30. Na semana, o metal acumula queda de 0,59%.

Nos Estados Unidos, o Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,2% em dezembro, segundo dados divulgados pelo Bureau of Economic Analysis (BEA). O núcleo da inflação nos EUA, medida pelo PCE, que exclui preços voláteis — como alimentos e energia — também avançou 0,2% no período. Em novembro, o PCE havia avançado 0,1%, após uma leitura de 0,2% em outubro.

A variação anual do núcleo do PCE seguiu a tendência de desaceleração e encerrou o ano de 2023 em 2,9%, de 3,2%. A inflação “cheia” avançou 2,6% em 12 meses.

A B3 (B3SA3) deixou de negociar desde outubro, os contratos de ouro à vista. Com isso, a bolsa de valores brasileira deu quatro meses para os investidores se prepararem para liquidar os contratos, com prazo limite até 16 de fevereiro deste ano.

A B3 argumenta que a decisão foi motivada pelo baixo interesse dos investidores em negociar os contratos de ouro à vista, enquanto negociações envolvendo fundos internacionais de ouro no Brasil aumentaram. Além disso, há outros ativos atrelados ao ouro, como fundos de índice (ETFs) e Brazilian Depositary Receipt (BDRs), mais “atrativos para o investidor, com mais liquidez e facilidade operacional”.

O que é o mercado do ouro hoje?

O mercado internacional do ouro hoje é um dos mais antigos e resilientes do mundo das finanças. O ouro tem sido uma reserva de valor confiável por séculos, atraindo investidores em busca de estabilidade em tempos de incerteza econômica. Vamos analisar as tendências e o desempenho recente do mercado do ouro nas bolsas de valores internacionais.A commodity, muitas vezes referida como um “porto seguro” para investidores, tem visto um aumento de interesse em tempos de volatilidade e riscos geopolíticos. Isso se deve em parte à sua capacidade de preservar o valor em meio à inflação e a crises econômicas. Quando os mercados de ações e outros ativos financeiros estão em queda, o ouro tende a brilhar.

O preço é influenciado por uma série de fatores, incluindo oferta e demanda, taxas de juros, câmbio e tensões geopolíticas. Em 2023, o preço do ouro tem mostrado variações significativas, refletindo as incertezas no cenário econômico global. Os investidores têm acompanhado de perto os movimentos dos preços do ouro em busca de sinais sobre o estado da economia mundial.

O ouro também é amplamente utilizado na indústria de joias e em produtos eletrônicos devido às suas propriedades físicas únicas. A demanda por joias de ouro tem sido consistente, especialmente em economias emergentes. Além disso, o ouro é um componente importante em muitos dispositivos eletrônicos, como smartphones e computadores. Essas demandas também influenciam o mercado global do ouro.

O ouro hoje é negociado em várias bolsas de valores ao redor do mundo, com destaque para a Bolsa de Mercadorias de Nova York (Comex) e a Bolsa de Ouro de Xangai, na China. Além da negociação física de ouro, os investidores também podem participar do mercado de ouro por meio de contratos futuros, opções e ETFs relacionados ao ouro.

A incerteza econômica, a inflação e as políticas dos bancos centrais continuarão a influenciar o mercado internacional do ouro. Investidores estarão atentos às decisões de política monetária e fiscal, bem como às condições econômicas globais, que podem afetar o valor do ouro.

Em um mundo financeiro cada vez mais interligado, o mercado do metal desempenha um papel crucial na diversificação de portfólios de investimento e na proteção contra choques econômicos. O ouro continuará a ser um ativo a ser observado de perto pelos investidores que buscam equilibrar seus portfólios em meio à volatilidade dos mercados financeiros internacionais.

O ouro já foi lastro de moedas importantes, como o dólar. Foto: Pixabay

Ouro como padrão monetário

O padrão aurífero era um sistema no qual o valor da moeda nacional estava diretamente vinculado a uma quantidade específica de ouro. Isso significava que os governos precisavam manter reservas significativas de ouro para apoiar suas moedas. Essa prática foi amplamente adotada no século XIX e no início do século XX, ajudando a estabelecer a estabilidade cambial e comercial.

Após a Segunda Guerra Mundial, o Acordo de Bretton Woods, em 1944, estabeleceu o dólar dos Estados Unidos como a principal moeda de reserva do mundo. Isso significava que as reservas em moeda estrangeira eram mantidas principalmente em dólares, e o valor do dólar era vinculado ao ouro a um preço fixo de US$ 35 por onça-troy.

A era do padrão ouro chegou a um fim definitivo em 1971, quando o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, anunciou uma suspensão unilateral da conversibilidade do dólar em ouro. Isso efetivamente rompeu a ligação direta entre o dólar e o ouro. O mundo agora estava em um sistema de moedas fiduciárias, onde as moedas eram apoiadas apenas pela fé no governo emitente.

Várias razões levaram ao abandono do padrão ouro. A crescente desconfiança em relação ao dólar, devido ao aumento dos gastos governamentais e à inflação nos Estados Unidos, foi um fator importante. Além disso, o sistema do padrão ouro restringia a flexibilidade das políticas monetárias, dificultando a resposta a crises econômicas.

O fim do padrão ouro marcou uma transição significativa na história financeira global. Embora tenha permitido uma maior flexibilidade nas políticas monetárias, também abriu caminho para flutuações cambiais, desafios econômicos e crises financeiras em todo o mundo. Hoje, as moedas fiduciárias, como o dólar, são o padrão global, e o ouro desempenha um papel mais limitado como ativo de reserva.

O ouro como proteção aos investimentos

O ouro também tem sido reconhecido ao longo da história como um refúgio seguro para investidores em busca de proteção contra turbulências nos mercados financeiros e incertezas econômicas. Esse metal precioso adquiriu uma reputação notável como um ativo de proteção aos investimentos.

Uma das razões fundamentais para o ouro ser considerado uma proteção aos investimentos é sua capacidade de preservar o valor ao longo do tempo. Diferentemente das moedas fiduciárias, que podem ser afetadas pela inflação, o ouro mantém seu poder de compra. Isso significa que os investidores podem confiar que seu patrimônio em ouro não perderá valor significativamente devido à desvalorização da moeda.

Em períodos de inflação, quando os preços dos bens e serviços sobem rapidamente, o ouro muitas vezes brilha como uma forma de proteção. Isso ocorre porque o ouro é um ativo real que não pode ser simplesmente impresso em maior quantidade, ao contrário das moedas. Investidores recorrem ao ouro como um hedge contra a erosão do poder de compra de suas economias.

Quando os mercados financeiros enfrentam crises, como recessões ou choques econômicos, a commodity tende a se valorizar. Sua natureza defensiva o torna um ativo atraente quando os investidores buscam segurança em meio à incerteza. Em momentos de pânico nos mercados, o ouro frequentemente se comporta de maneira contrária a outros ativos, como ações, oferecendo estabilidade.

Os investidores frequentemente incluem o ouro em seus portfólios como parte de uma estratégia de diversificação. Ao ter ativos que não estão correlacionados com o desempenho dos mercados de ações, eles reduzem o risco global de seus investimentos. O metal age como um contrapeso quando outros ativos estão sob pressão.

Ele também se torna um ativo valioso durante períodos de conflito geopolítico. Quando as tensões políticas aumentam – no caso das guerras da Ucrânia e da Faixa de Gaza – os investidores tendem a buscar segurança em ativos tangíveis, como o ouro. Essa demanda adicional pode impulsionar o preço do metal.

O ouro é negociado globalmente em bolsas de valores e pode ser adquirido por meio de fundos negociados em bolsa (ETFs) e barras de ouro físicas. A acessibilidade e a liquidez do ouro o tornam um ativo popular entre investidores individuais e institucionais.

Em um mundo financeiro marcado pela volatilidade e incertezas, o ouro continua a desempenhar um papel vital como uma proteção aos investimentos. Seja como um refúgio em crises econômicas, um hedge contra a inflação ou uma forma de diversificação de portfólio, o ouro é uma escolha sólida para aqueles que buscam segurança e estabilidade em seus investimentos para o mercado para o ouro hoje.

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