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ex-ministro Guido Mantega teria desistido de ocupar o cargo de diretor-executivo da Vale

O ex-ministro Guido Mantega teria desistido de ocupar o cargo de diretor-executivo da Vale (VALE3), segundo informações do jornal Folha de S. Paulo e do G1 divulgadas nesta sexta-feira.

A coluna de Ana Flor, do G1, informou que assessoria do Palácio do Planalto afirmou que a reunião para tratar do tema foi cancelada. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria defendido que “uma interferência direta nunca foi uma alternativa”.

Nos últimos dias, a mineradora esteve sob foco do mercado, com notícias de que membros do Conselho de Administração da companhia estariam sendo pressionados por autoridades próximas ao governo para indicar Mantega ao cargo de chefe.

Circulou na impresa que seria do desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que Guido Mantega ocupasse o cargo de CEO e não uma cadeira no Conselho.

O atual CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, tem contrato em vigor até 31 de maio. O executivo deve ser comunicado com quatro meses de antecedência se terá seu mandato renovado ou não. O prazo se encerra na quarta-feira (31), e é esperado que o conselho se reúna até terça-feira (30) para discutir o futuro do executivo.

Mantega na Vale: entenda contexto

Na quarta-feira (24), circularam notícias de que Alexandre Silveira teria telefonado para conselheiros da Vale para defender a escolha de Mantega. Conselheiros, quando procurados por veículos de imprensa, afirmaram a pressão.

O nome de Mantega gera polêmica no mercado financeiro, quando associado ao período em que atuou como Ministro da Fazenda durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, período de grande recessão no país.

As ações da Vale, que emplacavam alta na sessão de sexta-feira, aceleraram o processo de ganhos após a notícia.

Ainda nesta semana, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu no X (ex-Twitter) a indicação de Guido Mantega na Vale, classificando-o como “um dos brasileiros mais injustiçados de nossa época”.

Pouquíssimos brasileiros são tão qualificados quanto Guido Mantega para compor o Conselho da Vale, uma empresa estratégica para o país e na qual o governo tem participação e responsabilidades, mesmo depois de sua privatização danosa ao patrimônio público. É qualificado para esta ou qualquer outra missão importante, que exija capacidade e compromisso com o país”, afirmou.

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