Novak Djokovic: como o maior tenista do mundo construiu sua fortuna
Falta apenas uma semana para o fim do Australian Open, e Novak Djokovic segue como favorito para levar o prêmio para casa, com suas performances consistentes lembrando a todos porque o sérvio é o tenista número um do mundo.
Caso ganhe o Aberto da Austrália, o atleta também chegará ao 25o título de Major, o que o tornaria o jogador com mais títulos de Grand Slam da história.
Considerado parte da trindade do tênis masculino moderno, juntamente com Rafael Nadal e Roger Federer, suas conquistas e recordes são tão impressionantes quanto sua fortuna.
Aos 36 anos, Djokovic já se consolidou como uma lenda no mundo do tênis, batendo o recorde de mais semanas em primeiro lugar, com 409 no total até o momento.
Além do sucesso nas quadras, o sérvio também lidera a lista de ganhos financeiros no tênis, acumulando impressionantes US$ 180.9 milhões (R$892 milhões) apenas em prêmios ao longo de sua carreira, conforme dados da ATP (Association of Tennis Professionals).
Então, caso você esteja se perguntando como Novak Djokovic construiu sua fortuna e o que ele faz com ela, aqui está um resumo rápido de seus principais negócios e investimentos.
O maior do mundo
Por 15 anos, Roger Federer reinou como o tenista mais bem pago do mundo. No entanto, com sua aposentadoria em setembro de 2022, Djokovic – um de seus mais antigos rivais – assumiu o título de maior ganhador do esporte.
Segundo uma reportagem da revista Forbes, publicada em agosto de 2023, durante um período de 12 meses, Djokovic também arrecadou estimados US$ 25 milhões (R$123 milhões) provenientes de acordos de patrocínio, taxas de aparição, receitas de licenciamento e mais. Ao todo, são mais de US$ 340 milhões provenientes de contratos de patrocínio, aparições e licenciamento.
Atualmente, a maior parte de sua renda de patrocínio vem de marcas como Lacoste, Head, Waterdrop (SILA), Hublot, Asics e Raiffeisen Bank International.
Segundo o site Celebrity Net Worth, o sérvio tem uma fortuna estimada em US$ 240 milhões (R$1.18 bilhões), resultado de uma carreira excepcional e investimentos estratégicos.
Novak Djokovic e os investimentos
Em 2005, à medida que Djokovic foi ganhando destaque no mundo do tênis, ele começou a se aventurar no mundo dos negócios.
Family Sport
A maioria de suas atividades no campo empresarial é conduzida por meio da Family Sport, uma entidade estabelecida e administrada por membros de sua família na Sérvia.
Registrada como uma sociedade de responsabilidade limitada, a Family Sport inicialmente se concentrou no ramo de hospitalidade, especificamente em restaurantes, ao lançar o Novak Café & Restaurant em 2008, uma franquia desenvolvida com base no tema do sucesso de Djokovic.
Com o tempo, a empresa expandiu suas atividades para o setor imobiliário, organização de eventos esportivos/entretenimento e distribuição de roupas esportivas.
Em 2009, a Family Sport adquiriu um torneio da série ATP 250 conhecido como Dutch Open e o transferiu para a Sérvia, onde foi renomeado como Serbia Open. O torneio foi encerrado em 2012 depois de apenas quatro edições, após não conseguir atrair patrocinadores ou jogadores de alto nível.
Alimentação
Em 2013, Djokovic publicou o livro de nutrição e lifestyle intitulado “Serving to Win: The 14-Day Gluten-Free Plan for Physical and Mental Excellence” (Servir Para Vencer: A dieta sem glúten para a excelência física e mental, no Brasil), abordando a dieta vegana que mudou sua carreira.
Nos anos após o lançamento, o tenista lançou uma linha de produtos alimentícios nutricionais chamada “Djokolife” e abriu um restaurante vegano chamado Eqvita em Monte Carlo. O restaurante, segundo relatos, fechou em março de 2019.
Além de ser embaixador da Waterdrop, o servio também é um investidor, tendo feito um investimento de “sete dígitos” na empresa produtora de garrafas reutilizaveis.
Investimento polêmico
Em 2020, Djokovic adquiriu 80% da empresa dinamarquesa de biotecnologia QuantBioRes, que tem como objetivo desenvolver um tratamento médico contra a Covid-19. O valor exato do investimento não foi divulgado.
Um cientista biomédico comparou a pesquisa, que é baseada em frequências eletromagnéticas, à homeopatia e argumentou que “não reflete uma compreensão contemporânea de como a bioquímica funciona”, enquanto Peter Collignon comentou que o site da empresa “descreve uma maneira de encontrar uma nova molécula sem fornecer qualquer evidência de sucesso”.
O investimento de Djokovic veio à luz após a polêmica do Australian Open de 2022. Na ocasião, o tenista foi deportado da Austrália por não ter tomado a vacina contra a Covid-19 e não participou do evento.
Fundação Novak Djokovic
Não apenas um atleta de sucesso, Djokovic também é um filantropo ativo.
Ele e sua esposa, Jelena, auxiliam na gestão da Fundação Novak Djokovic, que tem como foco o desenvolvimento de projetos de educação na primeira infância na Sérvia. Muitos dos patrocinadores de Djokovic contribuem para a sua fundação.
Em 2014, Novak Djokovic doou os $750.000 que ganhou no Italian Open para os esforços de socorro às vítimas de uma inundação na Sérvia.