Começar a investir com R$ 100: o que colocar na carteira?
Muitas pessoas pensam que é preciso ter muito dinheiro para começar a investir, mas isso não é verdade. Existem diversas opções de investimentos que permitem começar com apenas R$ 100 ou até menos. O importante é ter disciplina, conhecimento e diversificação na hora de escolher onde aplicar seu dinheiro.
Nesse artigo vou apresentar algumas alternativas de investimentos para quem quer começar a investir com R$ 100 e dar algumas dicas de como montar uma carteira equilibrada e rentável.
Investir com R$ 100: Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite que qualquer pessoa invista em títulos públicos a partir de R$ 30. Os títulos públicos são considerados os investimentos mais seguros do mercado, pois têm garantia do governo e baixo risco de calote.
Existem três tipos principais de títulos públicos:
- Tesouro Selic: é um título pós-fixado que acompanha a variação da taxa Selic. Ele tem liquidez diária, ou seja, pode ser resgatado a qualquer momento sem perda de rentabilidade. É indicado para quem quer ter flexibilidade e proteção contra a inflação.
- Tesouro Prefixado: é um título prefixado que tem uma taxa de juros definida no momento da compra. Ele tem um prazo de vencimento determinado e só paga a rentabilidade contratada se for mantido até o final. É indicado para quem quer ter uma rentabilidade garantida e sabe quando vai precisar do dinheiro.
- Tesouro IPCA+: é um título híbrido que tem uma parte da rentabilidade atrelada à inflação (IPCA) e outra parte fixa. Ele também tem um prazo de vencimento definido e só paga a rentabilidade contratada se for mantido até o final. É indicado para quem quer ter uma rentabilidade real (acima da inflação) e proteger seu poder de compra no longo prazo.
Investir com R$ 100: Fundos de Investimento
Os fundos de investimento são uma forma coletiva de investir, na qual os investidores compram cotas de um fundo gerido por um profissional qualificado. O gestor do fundo é responsável por escolher os ativos que compõem a carteira do fundo e por acompanhar o seu desempenho.
Existem diversos tipos de fundos de investimento, que se diferenciam pelo tipo de ativo que investem (renda fixa, renda variável, multimercado, cambial etc.), pelo nível de risco, pela estratégia e pela rentabilidade esperada.
A vantagem dos fundos de investimento é que eles permitem que o investidor tenha acesso a uma carteira diversificada e profissional com um valor inicial baixo. Alguns fundos aceitam aplicações iniciais a partir de R$ 100 ou menos.
Investir com R$ 100: CDB
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de renda fixa emitido por bancos para captar recursos. Ao comprar um CDB, o investidor está emprestando dinheiro ao banco e recebe em troca uma remuneração.
Os CDBs podem ser prefixados, pós-fixados ou híbridos, assim como os títulos públicos. Eles também têm prazos de vencimento variados, que podem ir de alguns meses a alguns anos. Alguns CDBs têm liquidez diária, ou seja, podem ser resgatados a qualquer momento.
A vantagem dos CDBs é que eles costumam oferecer rentabilidades maiores do que a poupança e têm garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250 mil por CPF e instituição financeira.
Investir com R$ 100: Ações
As ações são partes do capital social de uma empresa. Ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio da empresa e pode participar dos seus lucros e prejuízos. As ações são negociadas na bolsa de valores e têm seus preços determinados pela oferta e demanda do mercado.
As ações são consideradas um investimento de renda variável, pois não há garantia de rentabilidade e o investidor pode ganhar ou perder dinheiro. A rentabilidade das ações depende do desempenho da empresa, do setor em que ela atua, das condições econômicas e políticas do país e das expectativas dos investidores.
A vantagem das ações é que elas podem oferecer rentabilidades muito superiores aos investimentos de renda fixa no longo prazo. Além disso, elas permitem que o investidor se beneficie do crescimento das empresas e da economia.
Investir com R$ 100: Fundos Imobiliários
Os fundos imobiliários são fundos de investimento que aplicam em ativos relacionados ao mercado imobiliário, como imóveis, títulos de renda fixa ligados ao setor, cotas de outros fundos imobiliários etc. Os fundos imobiliários são negociados na bolsa de valores e têm suas cotas precificadas pelo mercado.
Eles pagam aos cotistas uma renda mensal proveniente dos aluguéis ou dos juros dos ativos que compõem a carteira do fundo. Essa renda é isenta de imposto de renda para pessoas físicas. Por outro lado, eles também estão sujeitos à variação dos preços das cotas na bolsa, que pode gerar ganhos ou perdas de capital. Nesse caso, há incidência de imposto de renda de 20% sobre o lucro na venda das cotas.
A vantagem dos fundos imobiliários é que eles permitem que o investidor tenha acesso ao mercado imobiliário com um valor inicial baixo e sem as burocracias e os custos envolvidos na compra e na venda de um imóvel. Além disso, eles proporcionam uma renda mensal isenta de imposto e uma possibilidade de valorização das cotas no longo prazo.
Como montar uma carteira com R$ 100
Como vimos, existem diversas opções de investimentos para quem quer começar com R$ 100. Mas como escolher quais delas colocar na sua carteira? A resposta depende do seu perfil de investidor, dos seus objetivos financeiros e do seu horizonte de tempo.
De forma geral, recomenda-se que o investidor tenha uma carteira diversificada, ou seja, que invista em diferentes tipos de ativos com diferentes níveis de risco e rentabilidade. Assim, ele pode reduzir as chances de perdas e aumentar as chances de ganhar com os investimentos.