Calendário Econômico Semanal: dados de inflação e ata do Copom no foco da semana
A semana de 8 a 12 de maio será marcada pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça (9).
Dia 3, o Copom decidiu pela manutenção da taxa Selic em 13,75% pela sexta vez consecutiva, como amplamente esperado pelo mercado.
Para Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, foi mantido um tom duro e preocupado com a desancoragem das expectativas de inflação no comunicado emitido na data.
“Não há qualquer sinalização de possibilidade de corte de juros no curto prazo. Essa postura deve desapontar o governo, porém o ponto de máxima pressão será na reunião de agosto, quando o Executivo espera que o novo arcabouço fiscal já tenha sido aprovado no Congresso, novas metas de inflação já deverão estar definidas e a inflação acumulada em 12 meses estará próxima de 4%”, prevê.
Na temporada de balanços, a Petrobras (PETR3; PETR4) divulga seu resultado na quinta (11).
Além da ata do Copom, destaque para a inflação oficial: o IPCA de abril sai na sexta (12) e dará mais bases para as projeções de política monetária.
Calendário econômico no exterior
Nos EUA, atenções voltadas para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI na sigla em inglês), que será divulgado na quarta (10). Por lá, o Federal Reserve (Fed) subiu os juros em 0,25 ponto percentual na última quarta-feira (3), mas a crise bancária pode fazer com que o ciclo de alta tenha chegado ao fim.
Esta foi a décima alta de juros seguida nos EUA. O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, afirma que a decisão se deu porque os membros do Fomc não viram mudanças no cenário macroeconômico que justificassem o fim do aperto monetário. “A novidade é que eles apontam as restrições no cenário de crédito, que devem afetar a atividade econômica e a inflação mais à frente”, aponta.
Segundo ele, essa observação do Fed, de reconhecer que o crédito já está apertado, pode ser um sinal de que o ciclo de alta tenha chegado ao fim.
Ele mantém sua projeção de que os juros devem se estabilizar pelo menos até o fim do ano, sem altas, mas também sem queda antes de 2024. “Essa declaração sobre o crédito abre a interpretação de que não haverá mais altas, mas os dados de trabalho mostram que a queda da inflação não será acelerada, o que fecha a porta para eventuais quedas”, conclui.
Na sexta (5), o payroll, dado oficial de empregos dos EUA, confirmou que o mercado de trabalho segue aquecido: 253 mil vagas abertas em abril, ante 165 mil no número revisado de março. Os números ficaram acima da estimativa de 185 mil vagas.
A taxa de desemprego caiu a 3,4%, de 3,5% em março, ante expectativa de 3,6%.
Ao longo da semana, alguns membros do Fed discursam, o que pode dar mais pistas sobre os próximos passos da política monetária.
Ainda no exterior, a China também divulga seu CPI (inflação ao consumidor) e o PPI (inflação ao produtor) na quarta (10).
Na quinta (11), o Reino Unido decide a nova taxa de juros, após o Banco Central Europeu subir em 0,50 ponto porcentual sua taxa, na última semana.
Calendário Econômico Semanal
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