Como pagar menos imposto nos investimentos? Confira aqui
Olá, Investidor Inteligente!
Estamos iniciando o último trimestre do ano e ainda temos um último “sprint” para alcançar nossas metas de 2023.
Aliás, agora é uma boa hora para perguntar:
- Como estão os seus resultados até aqui?
- O que foi planejado no início do ano está sendo executado?
- Quais ajustes precisam ser feitos para finalizar 2023 com chave de ouro?
Além desses últimos ajustes de ano, gostaria de chamar a atenção para um assunto importante, que tem “tirado o sono” de muitos investidores: o aumento da tributação.
É fato que o novo Governo tem grande interesse em aumentar a arrecadação federal. Nos últimos meses, já vínhamos falando bastante sobre isso.
Nesta coluna, vamos falar sobre como pagar menos imposto nos investimentos. Acompanhe.
Como pagar menos imposto nos investimentos: o que podemos fazer para nos proteger?
Existem aplicações que ainda são isentas de IR para pessoa física, como, por exemplo, as LCIs, as LCAs, os CRIs, os CRAs, as debêntures incentivadas etc.
Esses investimentos são bem demandados, principalmente pelos investidores conservadores.
Porém, há um problema. No geral, o ganho da isenção tributária não fica com o investidor, e sim com o emissor, que tem a oportunidade de pagar menos juros.
Por exemplo: hoje temos a oferta de uma LCI de 2 anos do Banco Original, que paga 95% do CDI; e ao mesmo tempo, temos a oferta de um CDB de 2 anos do mesmo emissor, que paga 110% do CDI.
O investidor, ao investir na LCI, estará isento de IR; ao investir no CDB, terá que pagar alíquota de 15% sobre o lucro.
No caso da LCI, considerando um CDI futuro para os próximos 2 anos em 11% a.a., o rendimento líquido que o Banco Original pagará ao investidor (a grosso modo, os cálculos serão simplificados) será de 95% de 11% = 10,45% ao ano.
No caso do CDB, o banco pagará para o investidor 110% de 11% = 12,10% a.a.
No primeiro caso, o funding do banco custará aos seus cofres 10,45% a.a.
No segundo caso, esse funding sairá por 12,10% a.a.
O que é mais vantajoso para o banco? Certamente, a primeira opção, a da LCI.
E, para o investidor?
O investidor receberá líquido 10,45% com a LCI; e (12,10 – 15%) = 10,28% a.a. com o CDB.
Portanto, a LCI é a opção mais viável.
Veja que, nesse caso, o fato de a LCI ser isenta a tornou a melhor opção para o investidor.
Existem casos em que a LCI não é a melhor opção frente a um CDB (é necessário sempre fazer cálculos).
Contudo, como eu disse anteriormente, a grande vantagem da isenção fica com o emissor, que pode pagar bem menos pelo seu funding – em outras palavras, pelo financiamento de suas atividades.
Enquanto o investidor ganhou 0,17% (cálculo: 10,45 – 10,28 = 0,17) a mais ao investir na LCI; o banco ganhou 1,65% (cálculo: 12,10 – 10,45 = 1,65).
Bem no fim, o percentual que o investidor deixa de pagar em impostos é, indiretamente, diminuído da rentabilidade do produto isento.
Existem outros veículos que também possuem benefícios fiscais, como os Fundos Imobiliários e Fiagros.
No entanto, para grandes investidores que os utilizam como fundos exclusivos, o aumento do mínimo de cotistas para 500 inviabilizou gravemente essa estratégia.
É aí que entra uma categoria, por vezes esquecida, que não sofreu nenhuma alteração de tributação e é um dos veículos que oferecem os melhores benefícios fiscais.
Trata-se da categoria dos fundos de previdência.
Os fundos de previdência possuem inúmeras vantagens.
Como pagar menos imposto com os investimentos: vantagens da Previdência
A inexistência de come-cotas
Abaixo, veja a diferença de uma aplicação com o pagamento do Imposto de Renda antecipado (como ocorre com fundos abertos, ou CDBs em que a renovação do título é periódica):
Observe como a linha laranja (que representa uma aplicação sem come-cotas) gera mais patrimônio a longo prazo, comparada a uma aplicação com come-cotas (linha azul).
Isso ocorre mesmo que ambas as aplicações tenham o mesmo rendimento bruto – nesse caso, o gráfico foi elaborado simulando o rendimento de 100% do CDI.
A diferença em 10 anos é de aproximadamente 13,75% do CDI. Isso é bastante coisa!
A possibilidade de troca de investimentos, sem a incidência de IR
Pense, por exemplo, que você investe em um CDB de liquidez diária e, em um belo dia, você resolve sacar parte desses recursos e investir em ações.
A ideia era vender as ações quando elas atingissem 10% de ganho e retornar para o CDB.
Ao fazer isso, o investidor pagará IR ao resgatar o CDB de liquidez diária e pagará IR na venda de suas ações. São dois pontos de cobrança de IR nessa simples transação.
Podemos fazer o mesmo movimento com fundos previdenciários, sem a necessidade do pagamento de IR…
Basta aplicarmos inicialmente em um fundo previdenciário de renda fixa (de alta liquidez e alta segurança); em seguida, fazer uma portabilidade para um fundo previdenciário de ações; por fim, fazer uma nova portabilidade para o fundo de renda fixa inicial.
Dessa forma, não haverá nenhuma incidência de IR, e o valor que foi economizado poderá continuar rendendo durante o tempo. O pagamento do IR se dará somente no resgate final do recurso.
PGBL: possibilidade de aumentar a restituição ou diminuir o pagamento de imposto na sua declaração anual
Se você é CLT ou funcionário público e faz a Declaração Completa do Imposto de Renda, aplicar apenas 12% do seu salário em um bom PGBL possibilita o abatimento do valor na base de cálculo do Imposto de Renda.
Situações específicas
Existem situações específicas que possibilitam o investidor investir em fundos previdenciários (VGBL) de renda fixa, multimercados ou de ações, de forma que ele fique totalmente isento do pagamento de IR.
Menor alíquota de IR
A menor alíquota de imposto de renda no mercado financeiro é a da previdência privada
Sucessão patrimonial
Os planos de previdência não passam por inventário, evitando com isso as burocracias e o custo do processo.
Se você ainda não possui um planejamento para a sua previdência, saiba que quanto antes começar a aplicar – mesmo que um valor pequeno mensalmente – maior tende a ser o patrimônio acumulado no final.
Isso ocorre porque os rendimentos da previdência rentabilizam com base em juros compostos, e nesse caso, o tempo é um fator de grande impacto.
Por outro lado, se você já possui investimentos para a sua previdência, também te convido a agendar uma conversa com um assessor patrimonial da EQI Investimentos, para conhecer nossas melhores opções. Pois, como relatei anteriormente, a troca de investimentos na previdência privada não possui incidência de IR.
Então, o que você tem a perder ao procurar uma opção mais rentável do que a que possui atualmente?