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Os fundos quantitativos na era do ChatGPT

O ChatGPT, inteligência artificial da OpenAI, empresa ligada à Microsoft (Nasdaq: MSFT; MSFT34), é um recurso que pode ser aplicado, também, nos fundos quantitativos.

Isso porque estes se utilizam de tecnologia e modelos estatísticos previamente testados para encontrar assimetrias e oportunidades de lucro no mercado financeiro.

Na prática, o trader que opta por este tipo de investimento quer dinamizar sua busca com base em padrões nos preços dos ativos, como ações ou variação cambial.

Desta forma, quando um padrão é encontrado a equipe de tecnologia do fundo testa sua validade científica para garantir a usabilidade.

Assim, implementando uma inteligência artificial para refinar a pesquisa, o processo é aditivado e o resultado pode ser mais robusto.

Entretanto, a recomendação é que o investidor tenha o apoio de uma assessoria de investimento, pois, os vieses da inteligência artificial ainda não são completamente conhecidos por seus usuários. Trata-se de um mecanismo que está sempre em atualização.

Head da EQI Research, Luís Moran afirma que os fundos quantitativos que oferecem melhor resultado no Brasil são aqueles que os modelos matemáticos pré-estabelecidos são seguidos à risca.

“Você tem analistas que constroem e testam modelos, mas, uma vez testado e colocado em produção, o modelo continua sendo tocado, de maneira autônoma”, explicou, acrescentando que os quantitativos podem trazer resultados que destoam de outros tipos de fundos.

“Na pior das hipóteses, os fundos quantitativos têm menos vieses para implementar as estratégias. Ainda assim, tenho a impressão de que dizer que os resultados são sempre descorrelacionados parece um exagero”, frisou.

Fundos que usam algoritmo

Levantamento da Daemon Investiments, gestora de fundos alternativos, divulgado em dezembro do ano passado, aponta que entre os meses de fevereiro de 2020 a outubro de 2022 a maioria desses produtos conseguiu entregar retorno acima de outros produtos de renda variável, como o Ibovespa, principal índice da B3.

De acordo com a Daemon, enquanto o IBOV acumulou uma alta de 6% no período, os fundos quantitativos conseguiram retornos de até 56%, e destaca que o bom desempenho se baseia na metodologia por meio de algoritmos utilizada pelos gestores para a seleção dos ativos que compõem esses produtos.

A gestora explicou, na ocasião, que ao contrário da gestão dos fundos tradicionais, que são formados por analistas de mercados atentos às dinâmicas de cada setor do mercado, os modelos matemáticos desenvolvidos para os fundos quantitativos conseguem identificar “padrões” de rentabilidade de acordo com o objetivo de cada gestão.

Por fim, elencou que a estratégia garante aos fundos uma rentabilidade descorrelacionada dos principais índices de mercado, o que pode ser interessante para o investidor que deseja proteger o patrimônio das incertezas econômicas.

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