Ibovespa hoje fecha em alta de 1,47%, aos 104 mil pontos; na semana, em baixa de 0,14%
O Ibovespa fechou a sessão em alta de 1,47%, aos 104 mil pontos; na semana, fechou em baixa de 0,14%. No mês, fechou em alta de 2,30%.
A sessão do dia foi carregada de indicadores nos EUA e com poucas novidades macro no Brasil, enquanto as empresas ligadas às commodities, que pressionaram o índice durante os últimos cinco dias, lideraram as altas do pregão.
O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 16,79 bilhões no Ibovespa e R$ 24,63 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,83%, aos 4.169 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,80%, aos 34.098 pontos e Nasdaq registrou alta de 0,69%, aos 12.226 pontos.
A sexta antecede mais um feriado na Bolsa de Valores (1), Dia do Trabalho, e também uma semana bastante relevante, de decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos na próxima Super Quarta (3).
O dia também tem definição da Ptax e fechamento da bolsa em abril – até aqui, a bolsa acumula perda de 1,38% na semana, alta de 1,02% no mês, e queda de 6,21% no ano.
Na agenda econômica do dia, destaque para a prévia do PIB, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que teve alta de 3,32% em fevereiro, com alta de 2,76% na base anual. Com isso, a EQI Asset revisou para cima sua projeção de PIB do 1TRI23, de 0,8% para 0,9%.
Como explica o economista-chefe Stephan Kautz, o setor Agro deve responder por boa parte do resultado positivo, apesar de a divulgação do Banco Central não abrir detalhes dos dados.
A taxa de desemprego da Pnad, do IBGE, que subiu de 8,6% de fevereiro para 8,8% em março. A projeção era de 8,9%.
A inflação ao produtor (IPP) recuou a -0,66% em março, de -0,29% em fevereiro.
E a dívida líquida do setor público ficou em 57,2% do PIB, com déficit consolidado do setor público em R$ 14,182 bilhões.
Ontem, foi divulgado o Caged, com saldo positivo de 195.171 empregos criados em março. O número ficou abaixo de fevereiro, quando o saldo positivo havia sido de 245 mil vagas.
O economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz, diz que os números do Caged de março surpreendem de forma positiva, pois mostram uma resiliência do mercado de trabalho e da atividade econômica.
“São números que vieram acima do consenso esperado e que mostram um mercado robusto, com alta em todas as regiões e praticamente todos os setores”, explica.
O analista, no entanto, afirma que esses dados dificultam a tarefa do Banco Central no combate à inflação, já que números fortes na geração de empregos costumam significar maior pressão inflacionária e, por isso, devem dificultar a queda dos juros no curto prazo.
“Junto com os dados da pesquisa de serviços (alta de 1,1%), que também mostrou fortalecimento da atividade econômica, nossa call aqui continua sendo de que a Selic continuará em 13,75% por mais tempo”, projeta Kautz.
Ibovespa: mercados do exterior
Em relação às commodities, nesta data os contratos futuros de ouro encerraram abril em alta, segundo avanço consecutivo, já que os touros mantiveram o ouro não muito longe da marca-chave de US$ 2 mil por onça, com apostas de que o dólar cairá novamente em breve.
Na Comex, o contrato futuro do ouro com entrega para junho fechou as negociações de em alta de um centavo, a US$ 1.999,10. O pico da sessão foi de US$ 2.004. Esse foi o segundo mês consecutivo de alta para o metal amarelo e seu quinto mês positivo em seis.
já o ouro à vista, que reflete as negociações físicas de ouro e é acompanhado mais de perto do que os futuros por alguns investidores, caía 35 centavos, para US$ 1.998,65, às 15h30 (horário de Brasília).
Tanto o ouro à vista quanto o contrato mais ativo da Comex para o metal amarelo caíram cerca de 2,5% ou mais em relação ao pico de 13 de abril, de cerca de US$ 2.050. A venda do ouro ocorreu quando o dólar se recuperou ultimamente com as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) embarcará em um aumento de um quarto de ponto na taxa de juros em 3 de maio, quando os membros do banco central se reunirão para analisar a eficácia da política monetária dos EUA no combate à inflação.
Mercados de Nova York
- Dow Jones: +0,83%
- S&P: +0,82%
- Nasdaq: +0,69%
Mercados Europa
- DAX, Alemanha: +0,77%
- FTSE, Reino Unido: +0,50%
- CAC, França: +0,10%
- FTSE MIB, Itália: -0,30%
- Stoxx 600: +0,56%
Mercados Ásia
- ASX 200, Austrália: +0,23%
- Nikkei, Japão: +1,40%
- Kospi, Coreia: +0,23%
- HSI, Hong Kong: +0,27%
- Xangai, China: +1,14%
Petróleo
- Brent (dezembro 2021): US$ 79,45 (+1,38%)
- WTI (novembro 2021): US$ 76,48 (+2,30%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2021): US$ 2.002,70 (+0,19%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian: US$ 103,15 (-0,97%)