Investimentos

Altas e baixas: com máxima histórica, Braskem teve a maior valorização

Após o comunicado do Copom indicar a manutenção da queda dos juros no ritmo de 0,5 pontos-base, as empresas varejistas se destacaram nas altas e baixas do Ibovespa desta terça-feira (19), mesmo com a cautela em relação à desaceleração dos juros.

A Braskem (BRKM5) foi o principal destaque do dia. A empresa continua se recuperando após as fortes quedas devido à crise em Maceió.

O Grupo Soma (SOMA3) também foi bem influenciado pelo tom do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom).

A Dexco (DXCO3) se destacou após o JP Morgan elevar o preço-alvo de R$ 10,50 para R$ 11/ação e manter a recomendação overweight. O banco americano relatou que a Dexco tem uma avaliação atraente e acredita que seu projeto de celulose solúvel ainda não está precificado no mercado.

CSN Mineração (CMIN3) e Raízen (RAZI4) fecharam o top-5 das altas e baixas do Ibovespa.

Maiores altas

  • Braskem (BRKM5): R$ 19,47 (+7,15%)
  • Dexco (DXCO3): R$ 8,38 (+3,97%)
  • Raízen (RAZI4): R$ 3,99 (3,37%)
  • Grupo Soma (SOMA3): R$ 6,95 (+3,27%)
  • CSN Mineração (CMIN3): R$ 7,40 (+3,21%)

Maiores baixas

A maior queda do dia é da Embraer (EMBR3), que mantém sua trajetória de queda dos últimos dias. Fenômeno semelhante ao que ocorre com as varejistas GPA (PCAR3), Petz (PETZ3) e Grupo Casas Bahia (BHIA3).

Um dos principais destaques negativos do dia foi a Gerdau (GGBR4). O Itaú BBA rebaixou a mineradora de outperform para neutra e reduziu o preço-alvo de R$ 30 para R$ 26/ação. Em relatório, o banco apontou que a visão mais otimista com a Gerdau é motivada pelo enfraquecimento do dinamismo operacional no Brasil e na América do Norte e a limitação do fluxo de caixa.

  • Embraer (EMBR3): R$ 22,74 (−2,74%)
  • GPA (PCAR3): R$ 3,96 (−2,70%)
  • Petz (PETZ3): R$ 3,76 (−2,59%)
  • Gerdau (GGBR4): R$ 22,96 (−2,46%)
  • Grupo Casas Bahia (BHIA3): R$ 10,05 (−1,86%)

Altas e baixas: Contexto do mercado

O Ibovespa fechou com uma alta de 0,59%, atingindo 131.850,90 pontos. Pela primeira vez na história, o índice superou nominalmente a marca dos 132 mil pontos, estabelecendo um novo recorde. A máxima do dia foi de 132.046,93 pontos, enquanto a mínima foi de 131.085,81 pontos. O volume de negociações do dia alcançou R$ 21,10 bilhões.

Divulgada nesta manhã, a ata do Copom reforçou a mensagem da última quarta-feira (13), quando o Banco Central optou por novo corte de 50 pontos-base da taxa de juros básica, a Selic. Os membros do Comitê de Política Monetária estão confortáveis com o ritmo adotado, e o consideram adequado para acompanhar o progresso desinflacionário. Uma extensão do ciclo de cortes, mantendo a magnitude, pode ser adotada como estratégia futura.

Para a EQI Asset, a taxa básica de juros chega até o piso de 9,25% no próximo ano, seguindo um ritmo de cortes de 50 pontos ao longo das próximas reuniões.

gráfico Selic

Também divulgado hoje, o IGP-M, inflação do aluguel, subiu 0,78% na segunda prévia de dezembro.

Em Brasília, o Congresso deve votar hoje a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

No corporativo, a expectativa é que o plano de recuperação judicial da Americanas seja aprovado hoje por credores.

No calendário econômico da semana, destaque ainda para o IBC-Br, prévia do PIB, sai na quarta (20). E para o Relatório Trimestral de Inflação, do Banco Central, na quinta.

Altas e baixas: cenário internacional

A inflação ao consumidor da zona do euro (CPI) recuou 0,6% em novembro, ante expectativa de queda de 0,5%. Na comparação anual, o CPI subiu 2,4%, dentro do esperado pelo mercado.

O Banco do Japão (BoJ) manteve sua política monetária, com taxa de juros de curto prazo negativa em 0,1%.

O BC do Chile anunciará decisão de juros a partir das 18h e a China a partir das 22h15.

Nos EUA, falam hoje Thomas Barkin, presidente do Fed de Richmond, e Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta. Membros do Fed vêm reforçando que é cedo para projetar um mês de início de corte de juros nos EUA, a despeito da última Super Quarta, quando o mercado ficou eufórico com a sinalização de três cortes de 25 pontos-base para o ano que vem.

Vale lembrar, no dia 13, o Federal Reserve manteve a taxa de juros no patamar de 5,25% e 5,50%, apontando que os juros devem permanecer neste patamar até meados de 2024, quando seria iniciado um novo ciclo de política monetária.

gráfico juros EUA

Os destaques da semana são os dados de inflação (PCE) dos EUA do 3T23 e de novembro, na quinta e sexta-feira.

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