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Governo quer liberar títulos do Tesouro Direto como garantia; entenda

O governo estuda permitir a utilização de títulos do Tesouro Direto como garantia para transações financeiras, o que inclui financiamentos bancários e até mesmo aluguéis. A informação foi dada pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Caron, como parte das medidas em estudo para ampliar a aquisição dos títulos da dívida pública por pessoas físicas.

As medidas ainda estão em estudo, mas têm o objetivo de reduzir o custo do crédito no país. No caso de financiamentos, o investidor que tiver adquirido títulos do Tesouro Direto poderá usar esses ativos como garantia contra eventuais inadimplências.

“Você dá mais segurança para a instituição financeira. Com isso, você consegue taxas de juros menores no financiamento”, disse Ceron, segundo a Agência Brasil. Nesse caso, por exemplo, o título poderia ser usado como complemento da garantia para a compra de um bem como um imóvel ou automóvel.

No caso dos aluguéis, os títulos do Tesouro Direto poderiam substituir a caução, depósito equivalente a um determinado número de aluguéis, que costuma ser usado quando o inquilino não consegue um fiador. “Muitas vezes, você tem que depositar três aluguéis ou ir atrás de fiador. O título pode servir como uma garantia para esses casos”, apontou o secretário do Tesouro.

Tesouro Direto como garantia: títulos educacionais

Depois de apresentar no início do ano o Tesouro Direto Renda+, com características similares a um plano de previdência, Rogério Ceron afirmou que o Tesouro está trabalhando em conjunto com a B3 (B3SA2) para nova modalidade, um título educacional, com previsão de lançamento para julho.

Em relação ao título para a educação, a ideia é que os pais comprem títulos ao longo de 18 anos, e esse valor serviria como poupança para o pagamento de uma universidade privada para os filhos.

“Famílias terão um título muito customizado para isso. Ao longo de 18 anos, asim que o filho nasce, você pode iniciar esse processo de investimento. A aposta é que o produto seja uma grande referência de poupança das famílias para o ciclo universitário”, explicou o secretário.

Assim como no Renda+ é possível escolher a data de resgate, o plano educacional também poderá ter variações, com períodos mais curtos de acumulação no caso de o investidor não conseguir comprar o título assim que o filho nascer. “O período pode ser mais curto, conforme a idade do beneficiário, e depois o valor vira uma renda fixa para apoiar o ciclo universitário”, descreveu Caron.

Segundo ele, haverá inclusive a possibilidade de que empresas possam oferecer como benefício contribuir com o investimento educacional dos filhos dos funcionários, nos moldes dos planos de previdência complementar em que as duas partes contribuem.

Caron diz que o governo estuda outras maneiras de ampliar o alcance do programa. “Queremos popularizar o Tesouro Direto para que ele chegue também às famílias de menor renda como uma opção inicial de investimento”, concluiu o secretário.

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